quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lesão meniscal


Lesão meniscal
As lesões meniscais são a principal causa de indicação de videoartroscopia do joelho. O menisco medial é mais frequentemente lesionado do que o menisco lateral porque o menisco medial é firmemente aderido em toda a periferia da cápsula articular do joelho, ao invéz disto o menisco lateral é mais móvel, menos aderido.
As lesões dos meniscos são raras na infância, podem ocorrer na fase final da adolescência, e são mais frequêntes na terceira e quarta década de vida. Após os cinquenta anos, as lesões dos meniscos são geralmente são resultado de artrose da articulação.
Sintomas
Os sintomas de uma lesão do menisco são dor ao movimento rotacional, sensação de bloqueio na articulação,  inchaço. No exame médico apresenta dor na palpação da linha da articulação e sensibilidade quando é realizada a flexão com rotação do joelho.
Tratamento e prognóstico
Lesões pequenas, estáveis e assintomáticas não necessitam de tratamento cirúrgico. As lesões que causam sintomas persistentes podem ser tratadas por artroscopia. O objetivo no tratamento cirúrgico é ressecar a porção lesionada ou realizar a sutura quando possível.
Nas lesões da região dos dois terços mais centrais dos meniscos ( região sem vascularização) necessitam de ressecção. Após o procedimento o retorno  completo as atividades  deve ocorrer em 6 semanas.
Já as lesões periféricas podem cicatrizar espontaneamente ou através de sutura.
Lesão meniscal

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tendinite/Tenossinovite

Tendinite é a inflamação dos tendões causada por fatores mecânicos ou químicos. O primeiro caso decorre de sobrecarga, esforços prolongados e repetitivos, já o segundo ocorre por desidratação,alimentação incorreta e presença de toxinas no organismo. Tendões são fibras de tecidos de conexão resistentes que ligam o músculo ao osso. 

A inflamação se manifesta primeiramente com dores, associada muitas vezes à incapacidade de realizar alguns movimentos, como subir ou descer escadas, caminhar, dobrar os joelhos, entre outros. A tendinite pode ser manifesta em alguns momentos de trabalho realizados de forma rápida, sem ter feito um aquecimento necessário. A doença pode ser confundida com artrite reumatóide, lesão por movimentos repetitivos. 
O tratamento consiste no uso de intiinflamatórios. O repouso e a fisioterapia são essenciais. Recomenda-se aplicar bolsas de gelo. Caso a pessoa não trate a doença de forma adequada poderá sofrer uma ruptura do tendão. 
Algumas medidas de prevenção incluem a realização de pausas freqüentes no trabalho e a variação de movimentos realizados.



A Tenossinovite é a inflamação do tendão de um músculo e da bainha sinovial que o envolve. Esta inflamação pode ter uma evolução aguda ou crónica, assumir uma forma serosa ou purulenta e ser específica ou inespecífica.
A tenossinovite aguda é provocada por germes piogénicos que atingem a bainha tendinosa por contiguidade (feridas infectadas, furúnculos, osteomielites), ou por via sanguínea, na sequência de um processo infeccioso geral.
Habitualmente são atingidos os tendões das mãos e dos pés, em virtude do seu trajecto superficial; o processo infeccioso provoca dores vivas espontâneas, que se exacerbam com o movimento, acompanhadas de tumefacção evidente com trajecto longitudinal, impotência funcional tendinosa e, eventualmente, crepitação característica ao longo do tendão durante os movimentos.
Nas formas agudas mais graves, o espaço entre o tendão e a sua bainha é ocupado pelo pus que se vai acumulando e o próprio tendão entre rapidamente em necrose.
Um tenossinovite mal tratada pode evoluir para a forma crónica, embora seja mais frequente a ocorrência de uma tenossinovite crónica desde o início, secundária a um processo poliartrítico da articulação vizinha, ou a outras causas mal determinadas.
As formas específicas de tenossinovite podem etiologia tuberculosa ou sifilítica. Conforme a evolução, recorrer-se-à ao tratamento com base de antibióticos e imobilização do tendão atingido, ou para uma incisão precoce da bainha tendinosa, de modo a permitir a drenagem do pus aí colectado, sempre sob cobertura antibiótica, ou a outra terapêutica específica.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

BURSITE

A bursa é uma pequena bolsa com as laterais sobrepostas e com uma pequena quantidade de líquido no seu interior,afim de facilitar a movimentação de músculos e tendões sobre as preeminências ósseas
Localização
A Bursa está localizada sobre ligamentos e tendões ao redor das articulações. Temos Bursa nos Ombros, Cotovelos, quadril, Joelho, tornozelo, etc. Somente para citar os  locais mais acometidos.

Função
R. A bursa tem por finalidade diminuir o atrito entre as partes móveis do organismo. Imagine uma tecido de cetim, a bursa é semelhante, muito escorregadia.
A diferença é que entre os folhetos da bursa existe uma lamina muito fina de líquido que tem a função justamente de diminuir o atrito entre as camadas da bursa.

Causa da Bursite
Traumatismos locais (agudos ou crônicos) ou micro traumas de repetições podem levar a uma inflamação nessa região e a bursa responde a esse trauma produzindo mais liquido. Quando a bursa fica cheia de liquido ela doi e dizemos que o paciente está com BURSITE.

Bursite Crônica
O bursite de longa data é chamada de bursite crônica. A diferença entre a bursite crônica e a bursite aguda é que na bursite aguda encontramos normalmente uma maior quantidade de liquido dentro da bursa. Na bursite crónica além de liquido (pequena quantidade) observamos um espessamento nas paredes da bursa. Na bursite crônica a paredes da bursa perdem parte da sua capacidade de diminuir o atrito entre as partes móveis do organismo e pode surgir a crepitação.


Sintomas
Os sintomas mais comuns da bursite são:
* Dor;
* Edema (inchaço);
* Inflamação;
* Restrição de movimento



terça-feira, 5 de abril de 2011

Crioterapia

crioterapia, ou terapia do gelo, ou ainda a utilização do gelo nas lesões é bastante adotada nas afecções traumáticas, principalmente nas lesões músculo-esquelético. Ela pode ser chamada de uma modalidade terapêutica, já que é muito utilizada nas reabilitações e na MEDICINA ESPORTIVA.

“terapia com gelo” tem como objetivo reduzir a dor, o espasmo muscular, o fluxo sanguíneo local e regional, diminuir o metabolismo, causar uma hipóxia secundária, diminuir o processo inflamatório, e reduzir edemas, dentre outros. O emprego do gelo nas lesões é muito antigo. Dizem que, antes de Cristo, o gelo já era utilizado para “analgesia”.

Mas o que significa crioterapia?

Literalmente significa "terapia com frio", isto é, aplicação terapêutica de qualquer substância no corpo, que remova o calor corporal, diminuindo a temperatura dos tecidos. Sendo assim, todas as técnicas que fazem uso do gelo, tais como: massagem com gelo, crioalongamento, colocação de gelo nas lesões traumáticas e atraumáticas, são chamadas de crioterapia.
Se o gelo for utilizado de forma incorreta, sem o devido conhecimento de seus fenômenos neurofisiológicos, musculares e vasculares, poderá ter conseqüências indesejáveis no tratamento.
Sabe-se, que para a modulação da intensidade da corrente elétrica, no caso da eletroterapia, ou da intensidade do calor, na termoterapia, temos que ter a sensibilidade cutânea preservada, para que haja um "feedback" sobre o estímulo que está sendo recebido, ou seja, se o que o atleta está sentindo é "forte, fraco ou suportável".
Segundo G. A. CARVALHO, num trabalho publicado na Revista Brasileira da Ciência e Movimento:
As formas de aplicação da crioterapia mais utilizadas em sua prática diária com atletas profissionais ou amadores, ou mesmo com os chamados "atletas de fim de semana" são: aplicação direta de bolsa de gelo ou gel, massagem com gelo, imersão em água gelada, compressão associada ao gelo e aerosol refrescante.
Atualmente, na busca do retorno do atleta à atividade, em menor prazo de tempo possível e em perfeitas condições físicas, adotou-se o uso de terapias combinadas para o tratamento das lesões agudas e crônicas. Essas terapias têm como objetivos potencializar os resultados dos estímulos físicos sobre os tecidos ao mesmo tempo em que associam diferentes recursos fisioterapêuticos: crioterapia, termoterapia e a eletroterapia.

           QUANDO UTILIZO CALOR OU FRIO?


Esta é outra dúvida. Sou muito questionado na prática clínica diária com essas perguntas:
  • Posso utilizar calor assim que ocorre uma lesão?
  • Posso utilizar calor e depois bolsa fria quando torço o tornozelo?
  • Quando recebo uma pancada jogando futebol posso colocar bolsa de água quente?
  • Quando acabo meu treino de corrida, tenho algumas dores musculares. Posso usar gelo ou bolsa de água quente?
Essas questões são extremamente constantes no meu dia-a-dia profissional e as respostas às mesmas são de fundamental importância para o êxito no tratamento.
A aplicação do calor, ou do frio, é um recurso valioso na prática da fisioterapia. As terapias usando o calor(termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos sintomáticos que, quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação das técnicas terapêuticas.

UTILIZAÇÃO DO CALOR:
  Alivia a dor;
  Aumenta a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos;
  Diminui a rigidez das articulações;
  Melhora o espasmo muscular;
  Melhora a circulação.

A aplicação do calor promove alteração das propriedades físicas dos tecidos, que compõem os tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, melhorando suas respostas ao alongamento.

Contraindicação: Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdômen de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas em estado de inconsciencia.
UTILIZAÇÃO DO GELO: CRIOTERAPIA
  Diminui o espasmo muscular;
  Alivia a dor;
  Nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias;
  A quantidade de aplicação depende da lesão e do grau da mesma.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas.

As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia.

Apresenta-se como a 2ª causa de morte no mundo. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação e a sua incidência está relacionada com a idade.

Irão ser focados aspectos relativos da patologia, tais como, epidemiologia, causas de AVC, factores de risco, fisiopatologia, tipos de AVC, manifestações clínicas, complicações…


Definição
A definição de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Dicionário Médico é uma manifestação, muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia, trombose (Manuila, Lewalle e Nicoulin, 2003).

Acidente Vascular Cerebral é um derrame resultante da falta ou restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, que pode provocar lesão celular e alterações nas funções neurológicas. As manifestações clínicas subjacentes a esta condição incluem alterações das funções motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurológico destas alterações possa variar muito em função do local e extensão exacta da lesão (Sullivan, 1993).
Epidemiologia
O AVC é uma ameaça à qualidade de vida na velhice não só pela sua elevada incidência e mortalidade, mas também pela alta morbilidade que causa, implantando-se frequentemente em pessoas já com problemas físicos e/ou mentais (Resck, Botelho, Herculano, Namorato, Freire, 2004; William Pryse-Phillips, 1995). Também afecta na sua maioria aos idosos, mas existe uma percentagem de 20% dos AVC’s que ocorre em indivíduos abaixo dos 65 anos. É uma patologia que atinge mais a raça negra, especialmente a faixa etária mais jovem (Sullivan, 1993).