quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Terapias Manuais na Dor Torácica

Dor torácica

História


A paciente L.C. Apresentou-se com dor torácica aproximadamente entre os níveis T2-T3 e próximo a borda da escápula esquerda. O início da dor foi insidioso há algum tempo  atrás e a condição permaneceu inalterada. A dor é principalmente agravada quando a paciente deita e quando faz movimentos do membro superior direito e desaparece. A paciente relata fazer Pilates, Yoga, Dança e Teatro.

Exame físico 


O exame do ombro e da coluna cervical mostraram que a paciente L.C. apresenta anteriorização de ombro e vértebras cervicais em desarranjos, nota-se ainda uma tensão muscular na região cervical e de escapula aderida. Não há indicações de patologia séria na coluna torácica. A ADM torácica é normal e não provocou dor na paciente. A mobilidade do tecido neural é normal na região. Os movimentos articulares acessórios entre T2 a T4 se mostraram hipomóveis. Houve dor a palpação não região escapular. O controle da estabilidade escapular do lado direito se mostrou inferior em relação ao lado esquerdo.

Tratamento

Sessão 1: Snap de Ombro, Posteriorização de cabeça de úmero, inferiorizão de úmero, Maitland, Kautenborn e Mulligan para o ombro, mobilização acessória de ombro. 
Exercícios para aumentar a estabilidade escapular como descolamento foram iniciados.

Sessão 2: A paciente referiu melhora com o último tratamento (menos dor durante seu trabalho que envolve movimentos repetitivos com os membros superiores).Então uma manipulação vertebral com Thrust foi executada com sucesso onde a paciente referiu uma melhora imediata.  Os exercícios de estabilização escapular foram continuados e instruídos a serem realizados em casa.

Sessão 3: A paciente referiu não ter sentido mais dor após o último tratamento. A mesma técnica da sessão anterior foi repetida, com carga adicional no membro superior. A paciente recebeu alta e foi instruída a continuar com os exercícios.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Terapia Manual na Cervicobraquialgia Aguda

Caso Clínico 1 

A paciente C.A., 62 anos, aposentada, apresentou-se com queixa de dor em ombro e membro superior direito. 
A paciente queixa de aumento do quadro álgico dor no final de um dia de trabalho, tornando-se intensa a ponto de incapacitá-la, principalmente com excesso de atividades do membro superior direito relatando ainda dor irradiada na região da cintura escapular. O inicio da condição foi insidioso, com progressão gradual dos sintomas nos últimos três meses.



Exame subjetivo 

Há uma dor difusa, intermitente localizada sobre o ombro direito, face anterior e lateral do braço direito e punho direito e também na região escapular. A dor que pode ser em queimação e também em "pontadas", é pior ao fim do dia e geralmente acorda a paciente durante a noite,relata ainda rigidez articular no ombro e diminuição considerável de arco de movimento. Não há a presença de parestesias e anestesias ou sinais e sintomas que indiquem alteração do sistema nervoso simpático (cor da pele, temperatura e sudorese). A dor é agravada com posições sustentadas do membro superior, movimentos freqüentes do mesmo (ex: levantar objetos). Posições cervicais sustentadas em extensão cervical (como levantar a cabeça, por exemplo) também agrava os sintomas. A paciente obtém alívio da dor com o repouso do membro numa posição em decúbito lateral a esquerda junto a seu corpo. A saúde geral da paciente é boa. Não toma nenhuma medicação. Raios X da coluna cervical  não revelaram alterações significantes, mais a ressonância do ombro relatou tendinite supra e infra espinhal e bursite deltoideana.
 
Exame objetivo

Nenhuma alteração significante durante a inspeção foi observada. A ADM ativa do membro superior direito se mostrou limitada para o ombro com dor a 60 graus de abdução e flexão e dor durante a rotação interna. A abdução do ombro com inclinação cervical contralateral (aumento da tensão neural) se mostrou mais dolorosa e mais restrita (40 graus). Inclinação e rotação cervical a esquerda estão limitadas e produzem dor no ombro.
A avaliação da condução nervosa se mostrou negativa (reflexos, miótomos e dermátomos).
O teste de tensão neural (TTN) foi positivo para nervo mediano (plexo braquial e raízes cervicais). O tecido neural se mostrou hiperálgesico à palpação na emergência das raízes cervicais inferiores e plexo braquial. 
As facetas cervicais direitas se mostraram sensíveis à palpação entre os níveis C5 a C7

Sessão 1 e 2: Snap de ombro, mobilização acessória como Inferiorização e  Posteriorização de cabeção de úmero, (Kautenborn, Maitland, Mulligan – de ombro)
Uma mobilização neural para raízes cervicais com o membro superior direito em posição de repouso sob o abdômen. Cuidado foi tomado para que a técnica não provocasse dor. A paciente foi instruída a evitar movimentos repetidos e sustentados com o membro superior e de extensão cervical sustentada,onde logo após a manipulação cervical obteve ganho de ADM completo para extensão de cabeça. Também foi instruída sobre ergonomia durante os seus afazeres domésticos.

Sessão 3: Snap de ombro, mobilização acessória como Inferiorização e  Posteriorização de cabeção de úmero, (Koutenborn, Maitland, Mulligan – de ombro)
A paciente teve redução significante da dor após as últimas sessões. A ADM ativa do ombro agora produz dor a 90 graus. O TTN do mediano ainda é positivo. A mesma técnica da sessão seguinte foi aplicada progredida para o membro em posição de tensão neural (mediano) - veja figura abaixo. Foram introduzidos exercícios de estabilização cervical e para reduzir a atividade de músculos como o trapézio superior


Sessão 4 e 5: Snap de ombro, mobilização acessória como Inferiorização e  Posteriorização de cabeção de úmero, (Koutenborn, Maitland, Mulligan – de ombro)
Melhora adicional da dor foi obtida. A abdução do ombro é indolor.Uma pequena restrição da extensão do cotovelo ainda é encontrada no teste de tensão neural (mediano) do lado direito,mas que logo desapareceu após a manipulação da cabeça do rádio.Foi aplicada uma mobilização do tecido neural em oscilação do ombro com cotovelo e punho em extensão e cervical em inclinação contralateral. Após a técnica o TTN se mostrou igual para ambos os lados. A paciente foi instruída a continuar com os exercícios cervicais e à ergonomia em casa.